Um minuto, creio que seja o bastante
Nada pode ser tão permanente que dure
Intacto, por mais de um minuto, silente
Penso dos objetos, corpos, adjetivos, estruturas
Idéias permanecem, creio que sigam adiante
Além mesmo daquele que às teve em mente
De fato, por mais insalubre idéia, porém inebriante
Como agir prematuramente, sem sombras, dedos
Em riste, como se fossem flechas
Que não quisessem chegar ao alvo
Mas preferissem a dor da espera,
A ânsia do impacto a qualquer momento
Agora, invento o som perfeito
Da flecha que deveria chegar
Rápido, plenos pulmões atacando o ar
Um grito, rouco, acumulado, turvando a vista
Era pra deixar a alma vazia, mas não:
Foi em cheio…
[ José Roldão ]
02/09/2007 00:56h
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